18 de janeiro de 2017

3º Domingo Comum – Ano A

“Estamos preparados para sermos pescadores de homens que Deus nos confia? Então é só sair pelo mundo e falar que Deus nos ama e nos quer sempre perto Dele.”

– Missa com criança da semana: Pescadores de homens
– Evangelho: Mt 4,12-23
Jesus nos chama à conversão
A liturgia de hoje nos convida a acolher Jesus como a grande luz que liberta a humanidade das trevas do mal e do pecado. Celebremos o Senhor, que alegra nossa vida com o anúncio de que o reino de Deus não está longe, mas próximo de nós.
Acolhida – Boa noite, queridas crianças. Boa noite a todos aqui presentes. Sejam todos muito bem-vindos a esta celebração.
Hoje, falaremos aqui na nossa celebração de pescadores. Vamos vestir aqui uma criança como se ela fosse um pescador. Vocês já viram alguém sair pra pescar? Como é que eles se vestem? Tem chapéu? Tem camisa xadrez, tem botina, tem capanga e dentro da capanga, o que será que tem? Gente do céu… Tem minhoca. Pra que serve a minhoca? Ah! Agora tem também a vara, e tem a linha e tem anzol também. Está faltando alguma coisa? Ah, lanterna! Agora ele está pronto pra pescar.
Mas ele vai pescar o quê?
Então esse pescador pescará peixinhos bem gostosos para comermos, não é mesmo? Mas e se eu contar pra vocês que Deus nos chama a sermos pescadores? Isso mesmo!  Ele nos chama a ser pescadores, mas não de peixes, ele quer que pesquemos gente. Isso mesmo! Pesquem peixes homens.
Vamos então vestir um pescador de Deus: um pescador de Deus tem que se vestir de homem limpo, tem que ter o corpo limpo de maldades e ódio. Ele tem que ter uma bíblia porque só através da palavra ele pode pescar, ela é sua vara. Tem que ter a isca, que é o coração. Tem que ter a linha que é o terço, a oração. E tem que ter a capanga pra levar tudo que é necessário para se pescar um homem, vamos ver que palavras são? (amor, caridade, justiça, ações…).
Agora sim, estamos preparados para pescar os homens que Deus nos confia. Agora é só sair pelo mundo, crianças, e falar de Deus para os outros os fazendo entender que Ele nos ama e nos quer sempre perto Dele.
Vamos então iniciar nossa celebração sabendo agora que todos nós somos pescadores de homens, de pé, cantando.
Ato penitencial
1 –  Primo  , ocê tem certeza que a pescaria é aqui mermo ?
2-  Claro que sim , compadre! oia só o endereço que Jesus nos deu ?
1- É mermo .. é aqui … então nossa missão é pescar os peixes bão e ruim do povo de Deus
2- Isso !  Devemo separar os bão pra que eles cresçam no coração
1- E devemo apartar os ruins pra jogar eles no lixão
2- É isso ai , primão !
1- Vamos então pro meio do povo pra gente pescar
2- E ai, irmão .. pegou nada não ?
1- Que num peguei o que .. é tanto  peixe que num tá cabeno na vara sô
2- E o qui foi qui ocê pescou ?
1- Virgem !!! Pesquei nesse banco aqui um peixão da mentira … peixe do pecado ..
2- Cruz credo ,primo .. que coisa feia !
1- E ocê pescou algo bonito ?
2- Tô tentano . aiaiaiai pesquei ! Nossa que peixão .. aqui no banco o peixe foi da preguiça .
1- Cruiz credo , primo . Vamos colocar tudo no cestão .. oia oia oia .. que eu estou pescano tb . Veja só .. é um peixe brasileiro .. ele tá cheio de dinheiro …peixe egoísta só gosta pra si.. Oia lá em gente .. oia o pecado crescendo
2- Mais aqui tá bão demais .. o povo desse barco pescou um peixe do amor
1- Que coisa rara , primo .. Vamos logo colocar ele nesse outro balaio e por peso em cima pra ele não fugir.
2- Nossa quiria tanto pescar um peixe baão … esse povo de cá bem que podia pecar menos .Nossa .. oia só os peixão que peguei.. é o peixe da inveja , do comodismo , da desobediência ( êta menino .. ce desobedece né .. )
1- A coisa tá boa aqui pro meu lado,primo .. oia o peixe danado de bão que eu pesquei .. é o peixe da amizade , das  boas ações e da boa vontade .
2-  Uai , mas esse lado daí tá melhor que daqui.. Vamó mudar de lado
1- Tô chegando e tô pescano .. aqui nesse banco tenho certeza que eu pescar só peixe  bão , né gente ( com cara de mau).. cruiz credo ., foi nada bão não .. eu pesquei foi só  fofoca , intriga , falsidade .. tô achano que eu  é que tô cum o pecado ..
2- Mais primo , fica triste não . Vê só o peixe que eu pesquei,, é o peixe do perdão !!!
1- Uai , primo . acho que ocê levou . que maravilha … então agora ,  é só eu  pedi perdão .. ocês ai que estão com esses pecados todos tb, viu .. e a gente tentar não mais errar que ai Deus perdoa e nois fica tudo limpinho .
2-isso primo  enquanto o povo canta , a gente se adianta .. vai queimando os peixes do pecado e  lançando no mundo os peixe que são bão
1- Então vão .
Leitura – Agora sim! Sabemos que somos pescadores. Sabemos que nosso coração está limpinho… limpinho, porque  nossos pecados foram pescados e perdoados. Agora precisamos nos alimentar da palavra viva de Deus. Por isso, vamos todos, bem sentadinhos, ouvir com atenção as instruções de nosso mestre maior, refletindo cada palavra da nossa leitura de hoje.
Aclamação – Descobrimos hoje uma nova missão “Ser pescador de homens”, conhecer os caminhos de Jesus e levar as pessoas para caminharem junto a ele. Dessa forma estaremos com nossas redes sempre cheias da graça de Deus em nossas vidas, De pé, com alegria, cantemos.
Ofertório.
Hoje, senhor, como bons pescadores que somos, trouxemos nossas ferramentas do mar da vida pra te oferecer.
Trouxemos nossa isca que é a tua palavra…
Trouxemos o anzol que é o nosso amor, porque só com amor podemos ter as pessoas bem perto de nós…
Trouxemos a varinha porque sabemos que podemos pescar muito, mas que independentemente de quanto pescar o importante é sempre tentar buscar, jamais desanimar.
Trouxemos a rede porque muitos peixes homens, crianças, mulheres, velhinhos, adolescentes, jovens queremos fazer conhecer tua palavra, saber da luz que o Senhor nos oferece pra que jamais nos percamos no caminho.
Trouxemos a lanterna… Nossa luz… Deus em nossa vida. Essa luz que não pode faltar a nenhum pescador de homens
Trouxemos o balaio, que representa nossa igreja, pois é onde despejaremos nosso pescado da vida, onde se fará oferta maior a teu altar e onde se dará a grande transformação do que somos…
E junto ao pão e ao vinho trouxemos todo nosso compromisso com o trabalho… Nossos peixes… Nossa missão, na certeza de que não temeremos o mar da vida, mas sim tiraremos dele o melhor que pudermos pra te oferecer. Amém.

Comunhão
 – Pescador que se preza tem que ser alimentado pela luz da vida. Eis que a luz, Jesus, chama a todos nós a participar de sua mesa. Então, crianças, com alegria, vamos ao seu encontro cantando.

Ação de graças –
 Hoje, crianças, descobrimos que temos uma profissão. Quem sabe qual é essa profissão?
Somos, portanto, pescadores de homens.
Qual é a nossa missão? Devemos falar de Jesus aos outros e trazer pra nossa igreja todas as pessoas que andam distantes, que não conhecem a Deus e que através de sua pescaria, ou seja, de suas palavras quer conhecer Jesus mais de perto. Então nossa missão é levar Jesus aos outros e trazer os outros pra conhecer esse nosso Jesus, combinado?

Historinha para o teatro da semana:

Pescador de vida

Era uma vez uma tribo, lá no meio do meio da floresta amazônica.
Era uma tribo triste e sem vida. Os indiozinhos eram pobres, pobres, famintos e raquíticos.
Seus pais estavam desanimados, pois há muito o rio não dava peixes e nem suas lavouras estavam mais dando frutos. Era uma terra desanimada e infeliz.
Paitacá, um menino assim da idade de vocês não se conformava com a situação da sua tribo. Sabia pelo pai de seu pai, que antes tudo era muito bom, tinha-se muita fartura, cultivavam grandes plantações e a terra devolvia o carinho em forma de muitos e muitos frutos. A tribo banqueteava com a fartura dançando ao redor da fogueira, mas, um dia, por causa de um cacique mau que entrou para a liderança da tribo, tudo se acabou. Ele semeou a desigualdade, a discórdia, queria que cada família produzisse pra si, proibiu as festas, impediu que dançassem.
As famílias desnorteadas caçavam sem parar sem preservar a natureza, pois o cacique vendia peles e carnes aos brancos. Com isso, os bichos fugiram, muitos foram extintos e outros tantos agora só sabiam se esconder.
As plantações ralearam porque quem plantava só plantava pouco… Assim, logo as plantações acabaram os rios foram poluídos pela procura de ouro e de pedras preciosas afugentando também os peixes.   E com toda essa desorganização, o cacique não podendo mais furtar nada da terra foi-se embora pra bem longe, explorar outros índios.
Paitacá então teve uma idéia procurou agora pelo cacique pai e pediu a ele que o deixasse partir à procura de outros índios para que pudessem ajudar aos seus a ter mais coragem, a trabalhar a terra, a encher os rios com vida e plantar com alegria as terras abandonadas.
O cacique que era bom, mas que não acreditava muito na mudança, disse a Paitacá que fosse, mas que para que ele não desanimasse na sua busca, que levasse o sinal da tribo…  Uma cruz que lembrava o sacrifício de certo homem, pescador de outros homens e que mudou a vida do mundo.
Paitacá agradeceu e o cacique o abençoou.
Logo pela manhã bem cedinho, despediu-se de seus pais e foi à procura de homens do bem que pudesse ajudá-los na missão de devolver à vida aquela tribo tão sem esperança.
O indiozinho subiu colinas, desceu serras, enfrentou fome e frio.
Sob o sol escaldante, ele andou. Seus pés inchados, cansados e feridos não eram empecilhos para seu objetivo.
Enfrentou noites sombrias, ventanias, tempestades e calmarias. Teve medo… .Teve dor, mas não desanimou.  Lutou até com onça brava e sob fugir de urso nervoso. Sabia que seu sacrifício ajudaria seu povo e encontraria, com certeza, índios de boa vontade que o ajudaria.
Logo bem cedinho, ele avistou uma grande tribo… Queria correr, mas não tinhas pernas pra isso, queria gritar, mas não tinha voz, estava fraco, sem forças, então ele se arrastou, arrastou até que um bom índio que caçava por ali o encontrou e o levou para sua tribo.
Lá na tribo, ele foi para a oca do cacique onde foi cuidado pelo pajé da tribo. Logo que recuperou as forças, contou ao cacique o drama vivido pela sua tribo. O cacique chamou os velhos da tribo para ouvir a história.
Paitacá contava com entusiasmo sobre a esperança de seu povo em receber ajuda para que pudessem viver, pois caso contrário eles iriam se extinguir.
Os mais velhos ouviram o relato, alguns não deram crédito ao que o menino falava (ouvir menino? Por que não mandaram um guerreiro).
Mas eu sou um guerreiro – dizia Paitacá.
Outros da tribo, não queriam se comprometer, entrar em outra tribo, salvar aquele povo. Muitos foram saindo de mansinho, acomodados demais com sua vidinha.
Paitacá ficou triste, viu que não conseguiu tocar no coração daqueles homens para que eles pudessem ajudar sua tribo. Então se lembrou do símbolo do pescador de homens, tirou do pescoço, onde o símbolo estava perto do coração e falou do grande mestre.  Disse que se eles, de fato, acreditavam no maior dos mestres, também deveriam ser pescadores, como ele, e levar a todo povo a mensagem de amor e fraternidade que ele ensinava. Perguntou a eles como podiam acreditar naquele pescador se não sabiam fazer como ele, não sabiam viver como ele, se não sabiam amar como ele.
Neste momento, crianças, os índios mais sábios abriram os olhos, colocaram suas mãos na grande cruz e se lembraram dos ensinamentos do mestre que dizia que precisava deles para que outros povos pudessem ter esperança, ou seja, uma vida nova.
Imediatamente, chamaram os homens mais fortes da tribo, os melhores caçadores e os melhores pescadores, chamaram as mulheres que sabiam como tratar as sementes, os guerreiros que sabiam limpar os rios e trazer os peixes e as crianças que sabiam cuidar dos animais para que eles pudessem voltar à velha tribo.
E assim se fez. Foram muitos para a tribo de Paitacá, muitos pescadores de homens para salvar a tribo da falta de esperança.
Foram recebidos com festa e depois de uma grande conversa ao pé da fogueira, ensinaram o que sabiam; como deveriam viver daquele dia em diante, unidos, dividindo tudo entre eles, esquecendo o egoísmo e praticando a fraternidade.
Todos entenderam e se colocaram ao trabalho. Em pouco tempo, os rios estavam limpos e bem cuidados, cheios de peixes, plantações se desdobravam nos horizontes, bichos de todas as espécies povoavam aquela mata.
A tribo de pescadores de homens, então, viu por terminada, a missão. Despediu-se com grande festa e coroaram Paitacá como um grande menino guerreiro.
A paz reinou na tribo e aqueles índios que agora estão lá, sabem perfeitamente de sua missão, também deverão ser pescadores de homens, ajudando a Jesus na sua missão.
Compromisso da semana: Jesus é a luz de Deus em nossa vida. Ele nos chama a segui-lo para espalharmos no mundo a sua luz.
Fonte de pesquisa (preces e leituras) – www.homilia.com.br
Imagem e Compromisso da semana (preces e leituras) – www.paulus.com.br
Fonte:http://www.missacomcriancas.com.br/site/3o-domingo-comum-ano/

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