12 de janeiro de 2017

" Tu ouves o vento, mas não sabes de onde vem e nem para onde vai..." Jo 3,8



Muitas pessoas não compreendem muito bem quando falamos de Deus Pai, criador do mundo e dos homens; e quando falamos de Deus Filho, Jesus Cristo, que tomou a nossa condição humana e viveu entre nós. Mas, quando falamos do Espírito Santo, é para muitos, um mistério muito difícil de entender. 

       O Espírito Santo não é uma misteriosa corrente energética; é Deus que mantém a sua presença no mundo e encaminha os homens. 

      Quando o Espírito Santo toma posse de alguém, multiplica os seus dons. Ele faz com que as pessoas descubram grandes coisas, faz com que elas desempenhem uma missão, mesmo que esta ultrapasse as possibilidades humanas.

      A história do povo de Deus é iluminada pelo Espírito Santo que escolheu, dinamizou homens e mulheres de todas as idades e de todas as condições.

      É preciso estar atento à sua ação. O homem é livre e pode fazer-lhe resistência. No mar, o vento não fica diminuído para soprar as velas de um barco. É preciso dirigir o barco e orientar as velas para captar toda a força do vento.

      Deus não deve ser procurado fora do mundo. O seu poder age no meio dos homens. Muitas vezes, os discípulos de Jesus experimentaram a força que agia através deles. Por exemplo: quando por motivos de sua fé, eles são levados aos tribunais, como aconteceu com os apóstolos depois de Pentecostes, as respostas que eles deram deixaram os juízes admirados e confusos.

     É o Espírito Santo que sugere os argumentos e faz lançar por terra as acusações mais fortes e desfazem as armadilhas preparadas pelos inimigos de Jesus.

      Jesus já o predissera: " Diante dos tribunais, não vos perturbeis porque o Espírito Santo falará por vós" (Mc 13,11)

O Espírito Santo é soberanamente livre; ele age frequentemente de forma inédita e inesperada como fez no início da Igreja. A primeira iniciativa dos apóstolos foi a de completar o seu número, depois do abandono de Judas. Eles tinham consciência de que o povo era o novo Israel de Deus, mas desfalcado do número doze (as doze tribos de Israel). Em vista disso elegeram Matias, fiel testemunha de Jesus. O Espírito Santo também escolheu Paulo, o perseguidor fanático da Igreja, fora do grupo dos doze e de toda a Instituição.


     O próprio Pedro, no discurso de Pentecostes, reconhecia que estava realizando o que fora predito pelo profeta Joel : que o Espírito de Deus se comunicaria tanto às crianças, como aos jovens e adultos.

     Na história da Igreja vemos muitas pessoas humildes que foram mais inspiradas do que pessoas de alto nível. O Espírito Santo as inspirou com novas orientações e novos rumos, que ainda a Igreja oficial não tinha conseguido e, só, posteriormente, os aprovou.

     O Espírito Santo está fora do nosso alcance. Ninguém o pode trancar. 

     Ele é como um vento. É o que Jesus dizia a Nicodemos: "Tu ouves o vento, mas não sabes de onde vem e para onde vai. Assim acontece também àquele que nasce do Espírito" (Jo 3,8).

    O Espírito, assim como o vento, não sopra unicamente na Igreja de Cristo, mas também nos corações de todas as pessoas que procuram a verdade. Os cristãos devem reconhecer a ação do Espírito nas diversas iniciativas dessas pessoas. 

     O Espírito Santo está bem presente no meio da sua Igreja: hoje como sempre. 

Fonte: Igreja Católica. Diocese de Osasco. Livro do Catequista: fé,vida e comunidade/Centro Catequético Diocesano: coordenação Ir. Mary Donzellini - São Paulo: Paulus:1994.

Fonte:Blog Catequese Kids

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